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17 04 Lima NoticiaNos dias 4, 5 e 6 de abril, a comunidade universitária da Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) escolheu Denise Pires de Carvalho para assumir a reitoria da instituição. A eleição não possui vinculação formal com a decisão final, que deve ser realizada pelo Presidente da República, nesse caso, Jair Bolsonaro. No entanto, tradicionalmente, a decisão popular costuma ser considerada nesse processo.

A chapa 10, eleita em primeiro turno, é composta por Denise Pires de Carvalho, professora do Instituto de Biofísica e por seu vice Carlos Frederico Leão Rocha, professor do Instituto de Economia. O segundo lugar ficou com a chapa 40, apoiada pelo atual reitor da UFRJ, Roberto Leher, e é composta por Oscar Rosa Mattos, da Escola Politécnica da COPPE/UFRJ e pela professora Maria Fernanda Santos Quintela da Costa Nunes, do Instituto de Biologia. A chapa 20, que ficou com o terceiro lugar, é liderada por Roberto dos Santos Bartholo Junior, da COPPE/UFRJ e da Faculdade de Letras e João Felippe Cury Marinho Mathias, professor do Instituto de Economia.

Os votos foram divididos percentualmente entre professores, técnicos e alunos, de forma que cada segmento ficasse com um terço do total. As chapas 10, 40 e 20 tiveram, respectivamente, 24,66%, 17,68% e 4,83% dos votos possíveis. Para ser encerrada no primeiro turno, a chapa em primeiro lugar deveria ter um total de votos superior à soma da votação das outras chapas, mais brancos e nulos.

Durante as eleições, Denise afirmou que o seu foco será manter a universidade aberta, sendo necessária uma revisão e um possível corte nos gastos. Em suas palavras, “é preciso planejar, priorizar e cortar” e posteriormente, se for possível, tentar um aumento de orçamento. Também garantiu uma maior atenção às estruturas da instituição, visto que foi a única candidata dentre os três que atribuiu a culpa do incêndio do Museu Nacional à gestão da UFRJ. Além disso, também salientou os problemas deixados pelos dois outros incêndios que acometeram a universidade, no prédio da Reitoria e no Alojamento Estudantil. O fato dessas consequências ainda não terem sido resolvidas, para Denise, reflete certa negligência da gestão.

No dia 30 de abril, o Colégio Eleitoral da UFRJ se reunirá para compor uma lista tríplice para ser enviada ao Governo Federal para nomeação da Reitoria. Tradicionalmente, as chapas não eleitas costumam abdicar de sua participação nessa lista, respeitando a vontade popular expressa na pesquisa. Porém, outros candidatos podem entrar na disputa mesmo sem ter participado da eleição anterior.

02 04 lima noticia energias-renováveis

A partir de Abril de 2019, acontecerá o curso de extensão "Gestão em energias renováveis", que contará com a presença do Prof. Dr. Emilio Lèbre La Rovere, coordenador do LIMA e a Profa. Dra. Carolina Dubeux, pesquisadora do LIMA em Pós-Doutorado no PPE/COPPE/UFRJ, como parte do corpo docente, lecionando sobre Gestão Ambiental e Comércio de Emissões. O curso tem como objetivo formar profissionais com uma visão ampla sobre as tecnologias de geração de energia por fonte renovável e proporcionar a estes, ao final do curso, os conhecimentos e as aptidões úteis para resolver problemas práticos e desenvolver projetos no âmbito do aproveitamento das fontes renováveis de energia. Orienta-se, portanto, a atender às necessidades formativas específicas na área de geração e distribuição de energia elétrica a partir de fontes e tecnologias de aproveitamento dos recursos renováveis, com ênfase nas tecnologias solar, eólica e biomassa, além dos conhecimentos necessários para a comercialização das referidas fontes de energia.

Informações gerais:

Local: Centro do Rio de Janeiro;
Início: Abril de 2019;
Dias e horários: Terças e Quintas (18h às 22h).

Principais características do curso:

Turmas de 15 a 30 alunos;
Ao término do curso de aperfeiçoamento será fornecido ao aluno um certificado de conclusão emitido pela COPPE/UFRJ e uma certificação pela AHK Rio de Janeiro, observando-se a frequência mínima de 75% e aproveitamento com nota mínima 7 (sete) nas avaliações de cada módulo de atividades acadêmicas e também no Trabalho de Monografia.

Para saber mais sobre o evento, acesse AQUI.

15 03 CentroClima Noticia EnegiaEolica

Do contrário do que geralmente se pensa, a maior parte da emissão de gases poluentes não vem dos transportes, mas sim da eletricidade produzida, que totaliza ¼ ou mais do total de emissões. Em Outubro de 2018, um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) foi criado por diversos cientistas renomados ao longo do globo e nele consta uma informação preocupante: se as emissões de gases poluentes não foram reduzidas rapidamente, haverão sérias consequências para o mundo e sua população.

Segundo o The Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), o aumento na temperatura terrestre, provocado pelo lançamento de poluentes na atmosfera pode causar inundações, secas e eventos de calor ainda mais frequentes, e se esse crescimento não for freado, pode a resultar em extremos e irreversíveis danos ao planeta. Nessa perspectiva, Philip DeFranco, no vídeo “The Invisible NOW Problem And How Different Countries Are Fighting It...” traz para a discussão algumas considerações sobre a produção de eletricidade e como seus efeitos estão diretamente relacionados com essa problemática. Além disso, mostra como diferentes países lidam com a questão, sendo eles a Islândia e o Brasil, além de contar com o exemplo do Estado do Texas, nos EUA, como um grande exemplo de grande potencial em renováveis. 

A Islândia tem sua produção elétrica efetivamente 100% renovável. Seu território é formado por prolíficas geleiras (compõem 11% da área) e quase duzentos vulcões ativos (por conta da sua localização que atravessa a área em que duas placas tectônicas estão se afastando). Essa combinação o uso de uma mistura de energia hidrelétrica e energia geotérmica. Assim, com a energia hidrelétrica, a Islândia perfaz ¾ da produção total de energia, que é destinada para residências, indústrias e empresas. A energia geotérmica é responsável pelos outros 1/4, atendendo a outros serviços de menor expressão. No entanto, nem sempre o país teve essa produção robusta de energia. Esses avanços só ocorreram quando a Islândia decidiu que não queria continuar sendo dependente do petróleo exterior. Assim, investiram fortemente na produção de energia, aproveitando as condições geográficas que seu território dispõe. A ONU, a partir disso, publicou um relatório que descreve o sucesso do país em renováveis.

Para falar sobre a situação da energia renovável no Brasil, Philip DeFranco contou com a participação ilustre do Prof. Dr. Emilio Lèbre La Rovere, professor Titular do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com a segunda maior hidrelétrica do mundo, o Brasil tem uma base hidrelétrica forte para geração de energia. O professor destaca a dificuldade de tornar a energia hidrelétrica sustentável, principalmente quando uma onda de mudança climática atinge o mundo e consequentemente o Brasil, que é cenário de períodos de seca, que prejudicam o curso dos rios e interfere paralelamente no processo de geração de energia. Além disso, há outro problema é a questão do desgaste ambiental. Com isso, as propostas de construções de barragens na Amazônia, para fomentar a exploração da energia hidrelétrica, podem afetar diretamente os ecossistemas nativos daquele espaço. Isso salienta que há uma falta de grave de políticas energéticas no país. Em tese, apesar de animadora, a forte produção de eletricidade renovável no Brasil também gera um alto custo ambiental a ser pago. 

Em seguida, Philip DeFranco chega ao exemplo do Texas, o maior consumidor de eletricidade dos EUA. O Estado possui uma riqueza de recursos energéticos, que é expressa em uma grande produção de petróleo e gás natural, que torna o Estado um dos principais produtores mundiais (até mesmo sem considerar o resto dos EUA). Outro traço relevante é seu vasto potencial de energia eólica e solar, além de se consagrar como o maior consumidor de eletricidade do país. A localização do Estado, assim como os outros exemplos citados, é bastante favorável para que esse aproveitamento da energia renovável seja, de fato, efetivo, mas não é o único fator que permite isso. O investimento pesado nessas bases de geração de energia é tão importante quanto. 

Philip DeFranco e o Prof. Dr. Emilio Lèbre La Rovere concluem, com base na forma em como a Islândia, o Brasil e o Texas enfrentam a questão da geração de energia renovável, que para melhorar o potencial de geração de energia renovável não basta apenas ter uma posição geográfica favorável, mas sim investir nessa estrutura. Os custos são altos, mas o professor garante que é extremamente necessário encarar essa tarefa com um aproveitamento gerado a longo prazo. Assim, talvez, os efeitos negativos da geração de energia possam ser refreados. O planeta agradece.

 

Para assistir ao vídeo, clique AQUI.

01 04 Lima NoticiaO Laboratório Interdisciplinar do Meio Ambiente (LIMA) recebe o estagiário Alexis Baudin, estudante da pós-graduação no ENS-Cachan / CIRED, com pesquisa focada em "Environmental, Social and Economic impact assessment of contrasted energy scenarios in Argentina". Para cumprir com o estágio, Alexis passará um mês no Centre International de Recherche sur l'Environnement et le Développement (CIRED), na França, e cinco meses no LIMA de abril até o final de agosto de 2019.

28 02 CentroClima Noticia EnegiaEolica

Em tempos de crise econômica, política e social, torna-se importante o debate sobre as perspectivas e propostas de soluções para crises específicas que o setor energético encara nesse contexto de total instabilidade econômica. O XVII CBE - Congresso Brasileiro de Energia, que veio com a proposta de fomentar essa discussão, aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro de 2017, na cidade do Rio de Janeiro.

As pesquisadoras Silvia Schaffel (Engenheira Naval e pós-doutoranda em Planejamento Ambiental pelo Programa de Planejamento Energético PPE/COPPE/UFRJ) e Fernanda Westin (Turismóloga e Licenciada em Geografia, pós-doutoranda em Planejamento Ambiental pelo PPE/COPPE/UFRJ), representantes do LIMA/COPPE/UFRJ escreveram um artigo para o evento, apresentando o tema “Sinergias entre Geração Eólica Offshore e Exploração Marítima de Petróleo e Gás”. Como co-autor e coordenador, estava o Prof. Dr. Emílio Lèbre La Rovere, que é Doutor em Economia pela Universidade de Paris e Professor Titular do PPE/COPPE/UFRJ.

Segundo os autores, o Brasil possui um dos maiores e melhores recursos eólicos do mundo. Mesmo assim, a exploração dos potenciais eólicos onshore é priorizada, pois apresenta um custo de produção menor, de forma que a implementação de usinas offshore ainda está no ramo de projetos. O curioso é que a geração de energia eólica offshore cresce na Europa e apresentou uma baixa nos preços, que ficaram abaixo do que os da eólica onshore em alguns contextos.

Com base nessas informações, os autores percorrem paradigmas relevantes da geração de energia eólica offshore, comentando a evolução do setor, sua capacidade de redução de custos e a relação dos ajustes legais relacionados aos impactos na questão ambiental e a situação dessa forma de geração de energia no Brasil. Isso, até chegar ao ponto chave da discussão, que é a questão das sinergias entre geração eólica e de Petróleo e Gás offshore.

O tema oficial do XVII CBE – Congresso Brasileiro de Energia foi “Planejamento Energético e Novas Tecnologias” e a intenção do debate sobre as questões levantadas reflete a busca de uma nova perspectiva de visão do futuro, a médio e longo prazo, para termos específicos do setor energético.

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